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  • Foto do escritorLetícia Thomaz

Design Biofílico: como projetar ambientes que promovem o bem estar

O Design Biofílico vem se tornando uma tendência cada vez mais forte. Apesar de bastante atual, o termo teve suas origens em 1964, pelo psicólogo Enrich Fromm, para explicar a atração por tudo que é vivo e vital. Voltou a ser utilizada em 1984, por Edward


O. Wilson, um biólogo que notou que as cidades nos afastam cada vez mais da natureza, porém, que existe dentro de nós uma ligação física e emocional com o ambiente natural. “Biofilia” é uma palavra de origem grega que, ao pé da letra, significa “amor pela vida”.

Nos dias de hoje, estamos cada vez mais aglomerados nos centros urbanos, onde nosso

habitat natural passou a ser artificial, em ambientes construídos e muitas vezes fechados. Mesmo com tantos avanços tecnológicos que são benéficos a saúde, esse estilo de vida vem nos trazendo muitos problemas como o aumento do estresse, ansiedade, problemas respiratórios, problemas de concentração e desregulação do sono.


O design biofílico traz esse resgate da nossa conexão com a natureza, a partir da construção de ambientes internos e externos que aumentam o bem-estar dos usuários através da redução do estresse, estimulando a sensação de calma e tranquilidade. Ao mesmo tempo, o ambiente biofílico também é capaz de aumentar a concentração, a produtividade e estimula a criatividade, proporcionando um maior desempenho.


A aplicação da biofilia pode acontecer de maneira direta, indireta e simbólica. É possível

estimular o contato direto com a natureza através da inclusão de plantas dentro dos

ambientes, que pode ser em vasos, jardins verticais e até mesmo jardins de inverno. A

utilização da madeira bruta, do bambu, dos revestimentos em pedra natural e o incentivo da iluminação e ventilação através de janelas e claraboias que permitem a contemplação da natureza também são boas escolhas.

Quando a utilização de materiais naturais não é viável, pode-se optar por maneiras indiretas e simbólicas de conexão com a natureza. Para isso, utilizamos elementos com características naturais como painéis e quadros de paisagens ou vegetações, combinação de cores que remetem às florestas, praias e pores do sol, esculturas em formatos orgânicos, papéis de parede e até mesmo na escolha dos materiais dos móveis e utensílios que compõe o ambiente.


Os ambientes que vivemos e frequentamos, sejam eles de trabalho, educação, saúde e até mesmo em nossos lares, são capazes de influenciar diretamente na forma que nos sentimos. Por isso, é importante que os espaços sejam sempre projetados de maneira consciente e responsável, promovendo o bem estar físico e mental das pessoas.


Letícia Thomaz Rodrigues

Arquiteta e Designer

THZ Arquitetos







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